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Horta em casa

O post de hoje é com a participação especial da Hortelar, que sabe tudo sobre hortas! Vejam essas dicas imperdíveis de como ter uma horta em casa.

A Hortelar é formada pela Paisagista Viviane Moreno e a Bióloga e Engenheira Agrônoma Aline Zoia. Elas sabem tudo e mais um pouco sobre hortas, cultivo orgânico e PANCs (Plantas Alimentícias Não Convencionais).

O texto de hoje foi escrito por elas, então aproveitem a leitura preciosa!

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Já imaginou ir para cozinha e pensar no cardápio do dia usando ervas e hortaliças da sua horta?

Produzir alimentos para consumir com a família é uma tendência (talvez não das mais fáceis, já que uma horta requer cuidados quase que diários), mas é um desafio possível! Basta comprometimento para literalmente colher o que plantou! A Hortelar dá as dicas iniciais para sua horta sair do planejamento e virar realidade.

Na escolha do local para a sua horta, você deve se atentar a cinco fatores:

1. Luz

De um modo geral ervas aromáticas, medicinais e hortaliças gostam de luminosidade. O número de horas diárias de luz solar influencia o crescimento vegetativo, a floração e a produção de algumas hortaliças, como o alho e a cebola.

Quatro horas de sol direto é o mínimo necessário para que suas plantas se desenvolvam saudáveis.

2. Água

A horta deve estar próxima a uma fonte de água abundante e de qualidade, facilitando a irrigação, mas é preciso que o excesso de água, vindos de uma chuva, por exemplo, escoe com facilidade.

3. Solo

Como a maior vantagem de uma horta em casa é a certeza de um cultivo limpo, longe de produtos químicos, devemos caprichar na fertilidade do solo. Use um substrato rico em matéria orgânica e aproveite para começar uma compostagem em casa.

4. Vento

A horta deve ser protegida de ventos fortes, sempre que possível a posicione na face norte do terreno. Outra opção é formar uma barreira física com outras espécies vegetais (quebra-vento), de modo que o vento passe acima de sua horta. Aproveite para variar as espécies e assim atrair polinizadores e inimigos naturais.

5. Escolha das espécies vegetais

O primeiro passo é se informar sobre quais plantas são adaptadas às condições climáticas da região e observar sua época de plantio (que pode variar de uma região para outra). Essas informações estão presentes nas embalagens das sementes, mas com a prática você saberá exatamente quando plantar.

Há espécies que se desenvolvem melhor nas estações mais frias e secas (outono e inverno), como o alho, cebola, tomate, alface e brócolis; e outras nas estações mais quentes e chuvosas (primavera e verão), como o milho, abóboras, berinjelas e pimentas. As plantas cultivadas fora de sua “janela” de plantio ou em regiões inadequadas estão mais sujeitas a pragas e doenças. No entanto, hoje é possível achar facilmente cultivares selecionadas pelo homem, para produção o ano todo, como por exemplo, a Alface ‘Quatro estações’.

Costumamos dizer que na horta nem tudo são tomates, manjericões e alfaces. Plante todo tipo de hortaliças, aromáticas, flores comestíveis, PANCs, ervas medicinais e se possível uma frutífera. Faça da sua horta um jardim comestível!

Mas depois disso tudo você deve estar se perguntando “E o espaço? O formato? Que materiais utilizar?”. Saiba que um espaço de 10m² é suficiente para suprir todo consumo de duas pessoas, e que 25m² alimenta uma família de quatro a cinco pessoas. E se não houver esse espaço? É possível que uma horta tenha variados tamanhos, nos mais diferentes formatos e utilizando materiais diversos.

Os canteiros podem ir do tradicional retangular, serem redondos como uma mandala ou até mesmo espiralados, concentrando uma maior diversidade de espécies com necessidades hídricas distintas num espaço menor. Outra possibilidade é o plantio em canteiros suspensos, verticais, vasos, caixotes, pallets, canos entre outros. Basta garantir a drenagem, profundidade suficiente para o desenvolvimento das raízes e escolher materiais atóxicos. Explore janelas, quintal, laje ou varanda.

Por fim, lembre-se é preciso prazer no cuidado com a horta e não um sentimento de obrigação. Com espírito de colaboração é possível se envolver de acordo com a aptidão de cada um, definindo responsabilidades a partir do número de pessoas e da disponibilidade de tempo dos hortelões.

Aline Zoia – Bióloga / Engª Agrônoma

Viviane Moreno - Paisagista

 

E para conhecerem um pouco mais do trabalho da Hortelar visitem:

Instagram: @Hortelar

Facebook: Hortelar

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