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Suculentas - Como cuidar

As suculentas são rústicas, com formatos interessantíssimos e fáceis de cuidar. Saiba tudo o que você precisa para começar a sua coleção!

Antes de tudo temos que explicar o que significa o termo “suculenta”. Uma planta suculenta é aquela que acumula bastante água dentro de seus troncos e folhas, o que dá um aspecto “gorducho”.

Variedade

As suculentas podem pertencer a um grupo muito variado de plantas de famílias completamente diferentes. Por exemplo, temos que a suculenta conhecida popularmente de colar-de-pérolas (Senecio rowleyanus) é uma planta da família das asteráceas, ou seja, é prima do girassol.

Há suculentas parecidas com pedras coloridas, como as Lithops, com crescimento extremamente lento, e há suculentas pendentes, como o cacto-macarrão, que forma belíssimas cascatas verdes. E falando em cacto, qual é a diferença entre cacto e suculenta? A questão é simples: Todo cacto é uma suculenta, mas nem toda suculenta é um cacto. Isso porque o termo “suculenta” é uma denominação popular a respeito de plantas que armazenam água. Por serem capazes de armazenar bastante água, cactos também podem ser considerados plantas suculentas, embora estes pertençam exclusivamente, à família botânica Cactacae.

Como já dissemos, as suculentas armazenam água para suportar longos períodos sem irrigação. Grande parte delas também são originárias de regiões desérticas ou bastante secas. Há espécies de suculentas, porém, se ocorrem em áreas menos castigadas pela estiagem. Além de armazenarem água, muitas suculentas também apresentam folhas recobertas de uma densa camada de cera, e/ou pequenos pelos. Essas também são estratégias para segurar o máximo de água possível na planta.

Luz

Por serem originárias de regiões secas e quentes, a maioria das suculentas também necessita de um componente essencial: sol.

Por conta da popularidade, muitas suculentas são compradas para serem cultivadas dentro de casa, com a promessa de serem plantas duras na queda. A surpresa e a frustração chegam quando a suculenta morre. Achamos que não somos capazes de cuidar das plantinhas. Mas simplesmente tiramos da equação o elemento essencial da vida da planta, que é a luz do sol.

Há basicamente três tipos de regime de luz para as nossas plantas. Esses regimes de luz são: Sol pleno, em que a planta recebe 6 ou mais horas de luz direta de sol por dia; a meia sombra, em que a planta recebe de 3 a 6 horas de luz direta de sol por dia; e a sombra, em que a planta quase não recebe luz direta do sol, mas recebe bastante claridade indireta.

Para muitas suculentas é preciso receber 6 ou mais horas de sol direto por dia – ou seja, sol pleno – o que dificilmente acontece se a planta é cultivada dentro de casa.

Há espécies de suculentas que crescem felizes na meia-sombra ou na sombra, e vamos falar de algumas.

O principal sintoma de que as suculentas estão sofrendo com falta de sol é o estiolamento – que é o crescimento excessivo do caule em busca de luz, o que deixa a planta comprida, enfraquecida, com cor verde-esbranquiçada e folhas com pontas amareladas. Por fim, a planta acaba por não resistir e morrer. Por apresentarem crescimento lento, as vezes uma suculenta pode demorar a manifestar o desprazer de ser cultivada em um ambiente inadequado, embora o sinal sempre apareça.

Irrigação e substrato

Além do sol, uma boa porção de suculentas também precisa de substrato (terra), bem drenada e as regas também precisam ser equilibradas. Afinal, regar todos os dias uma planta de deserto pode ser prejudicial para a nossa suculenta. O ideal é regar a suculenta duas vezes por semana, certificando-se de que a água não está acumulando no fundo do vaso. Se as suculentas já não gostam de regas excessivas, imaginem quando ela fica com as raízes encharcadas!

As suculentas adoram terra solta, arenosa e que drena facilmente a água. A melhor mistura de terra para as nossas suculentas é uma mistura de 3 partes iguais de cascalho, terra vegetal e areia lavada (de construção ou para aquários). Dessa forma as raízes das suculentas podem crescer à vontade.

Espécies

Vamos abordar os principais tipos de suculentas, com algumas curiosidades e cuidados.

Rosas de pedra (Echeveria)

São suculentas que fazem jus ao nome popular que recebem. As rosas de pedra são da família Crassulaceae, e possuem uma grande diversidade de formas, cortes e tamanhos diferentes. As rosas de pedra precisam de Sol pleno a meia sombra para crescerem bem.

Rosas de pedra realmente não suportam ser cultivadas dentro de casa, na sombra. As rosas de pedra podem ser facilmente propagadas através das folhas que se destacam facilmente da planta. Basta remover uma folha da parte mais baixa da planta, deixar sobre a terra e cultivar normalmente – em sol pleno, com irrigação ocasional. Certifique-se de que a base da folha esteja tocando a terra do vaso para que o enraizamento ocorra.

(Foto: Public Domain Pictures)

Haworthia

As Haworthias são suculentas belíssimas, endêmicas da região sul do continente africano. Possuem grande diversidade de forma, cores e tamanhos, sendo que algumas espécies são bastante tolerantes à meia-sombra. As haworthias com folhas translúcidas, como por exemplo a Hawortia turgida, são ótimas opções para cultivar em janelas, dentro de casa. As haworthias de aspecto mais grosseiro precisam de um pouco mais de sol para crescerem bem.

(Foto: Succulent Gardening)

Aloe

Existem muitos tipos diferentes de Aloe, entre eles a famosa babosa (Aloe vera). As Aloes podem ser bem pequenas, como a Aloe nobilis, com flores belíssimas, como Aloe petricola, ou gigantes, como a Aloe barberae. Não são todas que possuem as propriedades medicinais da Aloe vera, portanto não é recomendado utilizar outras espécies com fim medicinal. Muitas Aloes também apresentam boa resistência ao sombreamento, o que permite cultivá-las à meia-sombra (embora o ideal seja o sol pleno).

(Foto: Liselle VD)

Kalanchoe

As kalanchoes mais populares que vemos são aquelas multicoloridas, híbridas da Kalanchoe blossfeldiana. Assim como as rosas de pedra, as kalanchoes também pertencem à família crassulaceae. Embora sejam de fácil cultivo, são espécies exigentes em insolação, preferindo ambientes externos e ensolarados. Há um grande número de espécies diferentes, entre elas a Kalanchoe tetraphylla, Kalanchoe eriophylla, Kalanchoe tomentosa e Kalanchoe pinnata.

(Foto: JacLou)

Colar de pérolas

Como dissemos no início do artigo, o colar-de-pérolas (Senecio rowleyanus) é uma planta da família asteraceae. É uma planta muito tolerante ao sombreamento, sendo geralmente cultivada na meia sombra, dentro de casa próxima a janela, como planta pendente. Suas “bolinhas” são na verdade folhas modificadas. É preciso ter atenção ao cultivas essa planta em casa, pois é considerada uma espécie tóxica, que pode fazer mal a bichinhos de estimação.

(Foto: Proven Winners)

Cacto macarrão

O cacto macarrão é uma planta epífita, ou seja, que cresce apoiado nos troncos das árvores (não é uma parasita, não causa nenhum mal à árvore). O cacto macarrão pertence ao gênero Rhipsalis, do qual um grande número de espécies é nativo do Brasil. As espécies mais comuns de cacto-macarrão é a Rhipsalis baccifera, Rhipsalis cereuscula, e Rhipsalis neves-armondii. Estas são espécies que se adaptam muito bem na sombra, com claridade abundante, sendo ideais para cultivo dentro de casa.

(Foto: Piardino)

Sedum

Sedum é um gênero com um número enorme de espécies dentro da família Crassulaceae. Assim como as outras suculentas, apresenta uma grande varidade de formas. Neste gênero também há um grande número de espécies que podem se reproduzir a partir das folhas destacadas da planta, o que torna algumas espécies desse gênero plantas invasoras. As espécies mais populares de Sedum são Sedum pachyphyllum, Sedum burrito, e Sedum rupestre.

(Foto: Andi Munich)

Lithops

Este é um dos gêneros mais interessantes de suculentas. As lithops recebem esse nome por serem plantas confundidas com pedras. Apresentam também grande variedade de cores, formas e tamanhos, sendo plantas de crescimento extremamente lento. As lithops são suculentas que entram em dormência durante o período de inverno, ou seja, param de crescer ou desaparecem totalmente da superfície do solo, emergindo um novo par de folhas na primavera. Na época de dormência a planta deve ser irrigada apenas duas vezes ao mês, para evitar apodrecimento. As lithops são plantas que devem ser cultivadas na meia sombra, e se dão muito bem com algumas horas de sol por dia, o que as torna ideais para serem cultivadas perto da janela.

(Foto: Richard Mcall)

O universo das suculentas é ainda mais vasto e cheio de surpresas. Realmente, este é um grupo de plantas que nos dá um prazer enorme em colecionar.

Com essas dicas suas suculentas irão prosperar ainda mais!

(Foto de capa: 简体中文, from Pixabay)

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